quarta-feira, 14 de maio de 2014

Parábola - Águia e galinha

TEXTO 03 – MAIO/2014

“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei cimo galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
– Já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
– Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
– Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
– Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra as suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou… voou… até confundir-se com o azul do firmamento.

Muitas pessoas querem nos fazer pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

Mitos e verdades sobre lição de casa

TEXTO 03 – MAIO/2014

Ensino Fundamental II e Médio 


Sabe qual é a melhor maneira de descobrir se o seu filho está indo bem na escola? Acompanhando a lição de casa dele. Ao participar do dia a dia escolar de seu filho, você consegue perceber se ele está aprendendo o que deveria durante o decorrer do ano. E é nesse momento que surgem as dúvidas: devo explicar passo a passo a tarefa do(a) meu(minha) filho(a)? Posso dar a resposta certa caso ele(ela) não saiba? É preciso ficar ao seu lado o tempo todo na hora de fazer a tarefa ou o deixo fazendo sozinho, afinal essa é sua única responsabilidade? 

É com o intuito de refletirmos um pouco sobre esse aspecto da vida escolar do(a) seu(sua) filho(a) que a presente edição do Projeto Conversando com os Pais apresenta um texto retratando alguns mitos e verdades sobre a lição de casa. No entanto, ressaltamos que o mais importante de tudo o que for apresentado é a demonstração de interesse pelas atividades escolares do(a) filho(a).

Qual é a importância da lição de casa?

A lição de casa é importante para pais, alunos e professores.
Para o aluno, é fundamental porque faz com que ele enfrente desafios pedagógicos fora do contexto escolar, além de ajudá-lo a construir uma autonomia, a estabelecer uma rotina e a melhorar a capacidade de organização.
Para o professor, é uma atividade útil porque lhe permite verificar quais são as dificuldades dos alunos e, consequentemente, adotar estratégias de superação das mesmas.
Para os pais, é uma maneira de acompanhar o que está sendo ensinado na escola do filho.

Toda lição de casa é igual?

Não. Existem três tipos diferentes de tarefas de casa

- Lição que sistematiza conhecimentos: é o tipo de lição mais comum. Nessa modalidade, o aluno faz exercícios, sozinho. Analisando as respostas, o professor verifica quais são os principais problemas individuais e coletivos da turma e pode reforçar os conteúdos em que os alunos apresentam mais dificuldades.

- Lição preparatória: é a lição que introduz um novo tema. Antes de começar a trabalhar um novo tema, o professor pode pedir, por exemplo, que os alunos leiam notícias de jornais relacionadas ao assunto. Assim, antes de introduzir o novo conteúdo, ele sonda o que os estudantes já sabem sobre ele.

- Lição de aprofundamento: é a lição em que o aluno aprofunda os temas já estudados por meio de trabalhos mais longos. Pode ser uma pesquisa sobre determinado assunto ou a apresentação oral de um trabalho.

As três servem a objetivos diferentes, mas são igualmente importantes. Por isso, a lição de casa não deve ser vista apenas como uma obrigação, mas sim como uma parte fundamental dos estudos que, se for deixada de lado, pode comprometer o aprendizado.

O que o professor percebe com a lição de casa?

A principal função da lição de casa é justamente complementar o trabalho do professor em sala de aula. Por meio da lição, o professor pode verificar quais são as principais dificuldades individuais e coletivas dos alunos. Quando um conteúdo não é bem aprendido, os conteúdos seguintes podem ficar prejudicados. Portanto, analisar a lição de casa dos alunos é uma forma de fazer uma "recuperação" diária, trabalhando os pontos em que os estudantes apresentam mais dificuldades. Além disso, no caso da lição preparatória, ele pode fazer um apanhado dos conhecimentos prévios da turma sobre determinado assunto, para decidir qual é a melhor forma de introduzir um novo tema.

O que os pais podem ver por meio da lição de casa?

Além de ajudar o trabalho do professor, a lição de casa é uma maneira de os pais saberem o que vem sendo ensinado na escola. Acompanhando as tarefas, é possível saber o que o filho está aprendendo, em que disciplinas ele tem mais dificuldades e se precisa ou não de aulas de reforço. Mas atenção: acompanhar não significa fazer a lição. Ajudar o filho eventualmente é saudável, mas é errado resolver as questões por ele. E é importante não se intimidar diante de conteúdos desconhecidos. Nesses casos, o melhor é ser sincero, explicar ao filho que não sabe ou não lembra da matéria e fazer uma pesquisa conjunta. A hora de fazer a lição de casa também pode ser um momento de compartilhar dúvidas.
  • O adolescente não deve fazer a lição com a TV ou o computador ligado. 
VERDADE: Para não desviar a atenção dos estudantes, os pais devem desligar a televisão, o computador e evitar espaços em que outras crianças estejam brincando. "Os equipamentos somente devem ser usados quando solicitados para a realização de alguma atividade específica, como pesquisas. O ideal é que o estudante tenha um lugar próprio para fazer a lição... Se tiver uma mesa adequada, espaçosa, em um local ventilado, com um lugar para guardar todo o seu material escolar, é ainda melhor. O estudante deve ter um espaço definido para realizar as tarefas.
  • Se o aluno não sabe resolver um exercício, o pai deve explicar o conteúdo.
MITO: O pai que ensina o conteúdo da maneira que aprendeu na escola pode acabar confundindo ainda mais a criança. "O certo não é explicar do jeito dele, mas tentar ajudar o filho a buscar, dentro dos seus próprios conhecimentos, a resolução do problema". 
  • O responsável deve estar ao lado do adolescente do início ao fim da lição 
MITO: os pais devem realizar o trabalho de orientação geral das atividades, colocando-se a disposição caso ele/ela necessite de ajuda. Ficar o tempo todo sentado ao lado torna a criança muito dependente e ansiosa. 
  • O ideal é que o aluno demore cerca de uma hora para resolver a lição.
VERDADE: Os pais precisam ficar atentos à duração da tarefa: crianças de 7 a 8 anos devem demorar entre uma hora e uma hora e trinta minutos para terminar sua tarefa; os alunos do 6º ao 8º ano demoram em média 1hora e meia e os alunos do ensino médio demoram umas duas horas. Se o estudante dedica mais ou muito menos tempo para os exercícios, os pais devem observar a rotina do filho (se ele levanta muitas vezes, se o ambiente é adequado, se um adulto está por perto) e procurar a escola para conversar sobre o rendimento do aluno e as exigências pedagógicas. Lembrando: este tempo médio é para a realização das tarefas de casa, o próximo momento deve ser destinado ao estudo. 
  • Mesa de jantar não é lugar para criança fazer a lição de casa.
MITO: Se a mesa de jantar é confortável para a criança, no momento da atividade não está sendo utilizada com outra finalidade e todos os materiais de que ela precisa para fazer os exercícios estão por perto, não há problema nenhum em usá-la. O local ideal é iluminado, ventilado, silencioso, com uma mesa adequada para a realização do estudo, sem aparelhos eletrônicos ligados e sem objetos que possam distrair a criança.
  • A lição não deve ser entregue com erros para o professor.
MITO: o objetivo da tarefa é fazer analisar o que o aluno aprendeu em sala de aula. "É melhor levar para escola um exercício que mostre que ele tentou do que uma tarefa feita pelo pai ou em branco. A tentativa tem tanto valor quanto a resposta certa”. Mas vale uma observação: não é interessante que crianças com professora particular (reforço) venham para a escola com atividades de casa com erros, visto que este momento foi acompanhado por um profissional que tem a função de auxiliá-lo nesse processo.
  • Os pais nunca devem fazer a lição no lugar do adolescente.
VERDADE: os pais devem tentar auxiliar o adolescente, mas nunca resolver o exercício em seu lugar. "Muitas vezes os pais acham que a lição deve voltar para a escola totalmente correta, e acabam resolvendo pelo filho ou extrapolando nas explicações. Cuidado, pois isso pode resultar em mais dúvidas ou mascarar uma dificuldade significativa".
  • Não existe o melhor horário para o adolescente fazer a lição de casa.
VERDADE: não existe uma regra, já que o horário ideal depende de cada família. Esse momento da tarefa de casa deve fazer parte da rotina para a família, acontecendo, de preferência, sempre no mesmo horário todos os dias. O cuidado é para que não seja muito tarde porque a criança está cansada e não rende.
  • Durante a realização das tarefas de casa posso perceber se as dificuldades do meu filho estão além das esperadas para sua idade.
VERDADE: algumas dificuldades escolares podem ser percebidas em casa no momento da realização das tarefas, tais como: a criança tem dificuldades de se manter sentada durante o período estabelecido; demora muito tempo na realização das tarefas; qualquer situação é motivo de dispersão; dificuldades significativas na interpretação dos enunciados das questões; desmotivação/apatia/aversão nesse momento. Diante dessas ou de outras dificuldades, é necessário procurar a escola para uma conversa sobre a situação, a fim de analisar se essas questões aparecem nos dois ambientes e pensar nas estratégias de atuação.
  • Para incentivar a responsabilidade, pais não devem perguntar aos filhos sobre a lição.
MITO: "A família precisa valorizar a lição de casa, mostrar interesse, deixar a criança falar sobre como foi o dia dela na escola. Nunca usar termos para desmerecer, dizer que a lição é uma coisa chata, um sacrifício, que a família não pode sair porque a criança tem tarefa para fazer”. Lembrar: desenvolver autonomia não significa de largar a vida escolar do filho.
  • Escola boa é a que manda muita lição de casa.
MITO: A quantidade de lição que uma escola passa não demonstra se a criança aprendeu ou não, devendo-se estar atento para a qualidade das atividades e metodologia que favoreçam o processo de construção do conhecimento da criança. É interessante, os pais estarem em contato com professores e coordenadores para conhecer a projeto pedagógico da escola.

Confira algumas orientações do que fazer antes, durante e depois da hora da tarefa de casa:

ANTES

1. ENTENDA SEU FILHO 
Uma grande ajuda na hora da lição de casa é saber o que motiva e o que desanima seu filho. Por exemplo, será que ele gosta que você fique por perto ou prefere privacidade? Será que ele precisa que você o ajude a organizar por qual matéria começar ou ele quer decidir isso sozinho? 

2. DEFINA AS REGRAS EM COMUM ACORDO 
Converse com seu filho e estabeleçam - juntos - como será a rotina para a lição. Onde será feita, em qual horário, etc. Deixe que ele explique suas preferências e seja flexível. Por exemplo: ele não quer perder o programa de TV favorito. Ajustem o horário de modo que ele tenha este direito garantido. Direito que ele perde se não terminar a tarefa a tempo (caso o combinado seja fazer antes) ou se não desligar a TV logo depois (para ir logo se dedicar à lição). 

Lembre-se: o ideal é não alterar a rotina, mas, se for o caso, explique o motivo da mudança. 

3. ORGANIZE O LUGAR 
Escolham - juntos - o local onde a lição será feita. Mas garanta que ele esteja arrumado e limpo na hora combinada. Se for a mesa da cozinha, por exemplo, nada de alimentos ou pratos na hora da lição, hein? 

Lembre-se: o bem-estar é superimportante. Verifique a temperatura do ambiente, a iluminação, a ventilação. Quanto mais confortável ele estiver, melhor! 

4. ACABE COM A DISTRAÇÃO 
Desligue a televisão e o rádio e tente eliminar - ou diminuir - outros sons que atrapalhem a concentração. Ajude seu filho a se concentrar na tarefa! 

5. FIQUE DE OLHO NA DISPOSIÇÃO DELE 
Na hora da lição, seu filho precisa estar bem disposto. Ou seja: não pode estar cansado, com fome, irritado, distraído... O melhor neste caso é resolver o problema primeiro. E isso vale para você também! Resolva essas questões antes de começar! 

6. CONFIRA SE TODO O MATERIAL NECESSÁRIO ESTÁ DISPONÍVEL 
Parar a lição para procurar onde está o lápis de cor, a régua ou o dicionário só ajuda a tirar o foco da tarefa. Organize tudo antes de começar para não haver dispersão!

DURANTE

7. RESPEITE O MOMENTO 
Todos em casa devem saber que a lição está sendo feita e contribuir, evitando interrupções, barulhos desnecessários ou ações que tirem a concentração e o foco de quem está estudando. 

8. VEJA SE SEU FILHO SABE O QUE É PARA SER FEITO 
Pergunte se ele tem dúvidas sobre o que o professor pediu para fazer e coloque-se à disposição para ajudá-lo. 

9. AUXILIE EM CASO DE DÚVIDAS 
Se seu filho tiver uma dúvida, ajude-o. Mas não responda por ele. Sugira que ele procure exemplos parecidos no livro ou no caderno, ou então, ajude-o a pensar sobre o assunto até que ele chegue à sua própria conclusão. 

10. OCUPE-SE COM COISAS PARECIDAS 
Enquanto ele faz contas, que tal dar uma olhada no orçamento? Se ele vai produzir um texto, aproveite para fazer alguma anotação. O ideal é não parecer que se está fazendo algo mais interessante do que ele - como jogar no computador, por exemplo, ou ver TV. 

11. INCENTIVE-O A REVER A LIÇÃO 
Olhar a lição de novo depois de terminada é uma boa prática. Se ele pedir para você rever com ele, valorize o esforço e não aponte diretamente os erros. Caso encontre coisas incorretas e perceba que ele tem condição de localizar o erro, estimule-o comentando. "Que tal rever este trecho ou esta conta, veja se está tudo certo ou se encontra algo errado?". Elogie-a se ele encontrar o problema e jamais brigue se isso não ocorrer.

DEPOIS

12. VEJA SE A LIÇÃO FOI CORRIGIDA 
Será que a lição de casa foi corrigida? A falta de correção da lição pode desestimular seu filho. Afinal, ele pode entender que de nada valeu tanto esforço. Caso isso se repita sempre, é interessante conversar na escola - com o professor ou com o coordenador. 

13. ELOGIE OS ACERTOS E NÃO APONTE OS ERROS 
Seu filho acertou todos os exercícios da lição passada? Ele merece que você lhe dê parabéns! Mas se errou muitos, nada de briga. Pergunte se, com a correção do professor ele entendeu porque errou. Se a resposta for negativa, estimule-o a tirar dúvidas diretamente com o professor. E acompanhe. 

14. INFORME O PROFESSOR EM CASO DE DIFICULDADE 
Seu filho deveria ter condição total de fazer a lição de casa sem achá-la muito difícil ou complicada. Afinal, se a lição foi passada, é porque o professor já explicou aquele conteúdo. Às vezes pode ser apenas uma dificuldade pontual e neste caso, estimule seu filho a tirar dúvidas com o professor. Caso isto se torne frequente, o melhor é ir até a escola para identificar onde está o problema.


(Texto extraído do site da Editora Abril e adaptado pelo Setor de Psicologia Escolar)

4 coisas que todo filho gostaria que os pais soubessem

TEXTO 03 – MAIO/2014

Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Em diversos momentos do dia a dia, o seu filho não vai verbalizar sutilezas que, além de ajudarem em seu desenvolvimento dele, também são prova do seu amor por ele. Confira algumas delas:
  • PRESTE ATENÇÃO EM MIM, E NÃO APENAS NO QUE ESTOU FAZENDO DE ERRADO 
Claro que você quer educá-lo da melhor forma possível, e o tempo todo está fazendo isso, mas divida o tempo que fica com ele para apenas... CURTI-LO! Não importa a quantidade de horas que você está ao lado dele (mesmo!), mas, sim, o que acontece durante esse período. Seja espontâneo. Se você não é do tipo que rola no chão, há diversas outras formas de você mostrar que se preocupa com ele, como um bom bate-papo, um jogo de videogame, um livro lido a dois. O que faz diferença é você estar inteiro naquela hora.
  • NÃO ME PEÇA PARA FICAR QUIETO QUANDO ESTOU COM RAIVA, PERMITA QUE EU FALE O QUE ESTOU SENTINDO 
É difícil mesmo ver como seu filho tão pequeno pode estar tão abalado com alguma situação de que não gostou. Mas explodir e não deixar a criança expressar o que está sentindo faz com que ela se sinta desamparada por perceber a ira dos pais. Assim, ele se vê obrigado a guardar aquele sentimento para não ver os pais bravos. Isso pode trazer problemas de comportamento no futuro ou, ainda, regressões em seu desenvolvimento, como voltar a sujar as calças quando já largou as fraldas. Ajude a criança a lidar com a raiva, por meio do diálogo e do seu amor.
  • EU JÁ SEI QUE ERREI E ESTOU ARREPENDIDO. NÃO PRECISA FICAR TÃO BRAVO COMIGO 
A ocasião mais complicada para dar uma punição em uma criança por mau comportamento é quando ela já está realmente arrependida do que fez. Se ela ficou triste com sua atitude errada, isso significa que sua consciência está viva e sadia. Além do que ela aprendeu errando. Ter essa consciência é o melhor impedimento para a repetição do erro. Ao perdoá-la, você está ensinando-a a lidar com a culpa e aprendendo o sentimento de perdão. Nesses momentos, a criança entende que você se preocupa com ela e o ama muito, independente do que possa acontecer. Isso é amor incondicional.
  • EU SEI QUE VOCÊ QUER ME PROTEGER, MAS EU POSSO TOMAR ALGUMAS DECISÕES E AJUDAR EM DIVERSAS COISAS NO DIA A DIA. BASTA VOCÊ ME ENSINAR! 
Aos poucos, você pode ajudar o seu filho a fazer as suas próprias escolhas em coisas simples, como escolher o tênis que quer usar, a escova de dentes do Batman ou do Buzz Lightyear. Toda vez que você deixa seu filho tomar uma decisão, ele sente que tem mais controle sobre sua vida, e é positivo. Ele vai passar a cooperar ainda mais para conseguir o controle que está constantemente procurando. Além disso, há muitas tarefas que a criança pode assumir, não só para ajudá-lo em casa, mas porque ele se sente importante em poder contribuir. Ele simplesmente precisa de você para lhe ensinar como fazê-las, seja na hora de arrumar a mesa, guardar os brinquedos, alimentar os animais de estimação, organizar a mochila, etc.

(Texto retirado do site Crescer e site Crescer pelo Serviço de Psicologia Escolar)


quarta-feira, 30 de abril de 2014

Mitos e verdades sobre lição de casa

TEXTO 02 – ABRIL/2014

Ensino Fundamental I 


Sabe qual é a melhor maneira de descobrir se o seu filho está indo bem na escola? Acompanhando a lição de casa dele. Ao participar do dia a dia escolar de seu filho, você consegue perceber se ele está aprendendo o que deveria durante o decorrer do ano. E é nesse momento que surgem as dúvidas: devo explicar passo a passo a tarefa do meu (minha) filho (a)? Posso dar a resposta certa caso ele (ela) não saiba? É preciso ficar ao seu lado o tempo todo na hora de fazer a tarefa ou o deixo fazendo sozinho, afinal essa é sua única responsabilidade? 

É com o intuito de refletirmos um pouco sobre este aspecto da vida escolar do (da) seu (sua) filho (a) que a presente edição do Projeto Conversando com os Pais apresenta um texto retratando alguns mitos e verdades sobre a lição de casa. No entanto, ressaltamos que, o mais importante de tudo o que for apresentado, é a demonstração de interesse pelas atividades escolares do (a) filho (a). 
  • Criança não deve fazer a lição com a TV ou o computador ligado. 
VERDADE: Para não desviar a atenção dos estudantes, os pais devem desligar a televisão, o computador e evitar espaços em que outras crianças estejam brincando. "Os equipamentos somente devem ser usados quando solicitados para a realização de alguma atividade específica, como pesquisas. 
  • Se o aluno não sabe resolver um exercício, o pai deve explicar o conteúdo. 
MITO: O pai que ensina o conteúdo da maneira que aprendeu na escola pode acabar confundindo ainda mais a criança. "O certo não é explicar do jeito dele, mas tentar ajudar o filho a buscar, dentro dos seus próprios conhecimentos, a resolução do problema". 
  • O responsável deve estar ao lado da criança do início ao fim da lição 
MITO: os pais devem realizar o trabalho de orientação geral das atividades, colocando-se a disposição caso ele/ela necessite de ajuda. Ficar o tempo todo sentado ao lado torna a criança muito dependente e ansiosa. 
  • O ideal é que o aluno demore cerca de uma hora para resolver a lição. 
VERDADE: Os pais precisam ficar atentos à duração da tarefa: crianças de 7 a 8 anos devem demorar entre uma hora e uma hora e trinta minutos para terminar sua tarefa. Se o estudante dedica mais ou muito menos tempo para os exercícios, os pais devem observar a rotina do filho (se ele levanta muitas vezes, se o ambiente é adequado, se um adulto está por perto) e procurar a escola para conversar sobre o rendimento do aluno e as exigências pedagógicas. 
  • Mesa de jantar não é lugar para criança fazer a lição de casa. 
MITO: Se a mesa de jantar é confortável para a criança, no momento da atividade não está sendo utilizada com outra finalidade e todos os materiais de que ela precisa para fazer os exercícios estão por perto, não há problema nenhum em usá-la. O local ideal é iluminado, ventilado, silencioso, com uma mesa adequada para a realização do estudo, sem aparelhos eletrônicos ligados e sem objetos que possam distrair a criança. 
  • A lição não deve ser entregue com erros para o professor. 
MITO: o objetivo da tarefa é fazer analisar o que o aluno aprendeu em sala de aula. "É melhor levar para escola um exercício que mostre que ele tentou do que uma tarefa feita pelo pai ou em branco. A tentativa tem tanto valor quanto a resposta certa”. Mas vale uma observação: não é interessante que crianças com professora particular (reforço) venham para a escola com atividades de casa com erros, visto que este momento foi acompanhado por um profissional que tem a função de auxiliá-lo nesse processo. 
  • Os pais nunca devem fazer a lição no lugar da criança. 
VERDADE: os pais devem tentar auxiliar a criança, mas nunca resolver o exercício em seu lugar. "Muitas vezes os pais acham que a lição deve voltar para a escola totalmente correta, e acabam resolvendo pelo filho ou extrapolando nas explicações. Cuidado, pois isso pode resultar em mais dúvidas ou mascarar uma dificuldade significativa". 
  • Não existe o melhor horário para a criança fazer a lição de casa. 
VERDADE: não existe uma regra, já que o horário ideal depende de cada família. Esse momento da tarefa de casa deve fazer parte da rotina para a família, acontecendo, de preferência, sempre no mesmo horário todos os dias. O cuidado é para que não seja muito tarde porque a criança está cansada e não rende. 
  • Durante a realização das tarefas de casa posso perceber se as dificuldades do meu filho estão além das esperadas para sua idade. 
VERDADE: algumas dificuldades escolares podem ser percebidas em casa no momento da realização das tarefas, tais como: a criança tem dificuldades de se manter sentada durante o período estabelecido; demora muito tempo na realização das tarefas; qualquer situação a motivo de dispersão; dificuldades significativas na interpretação dos enunciados das questões; desmotivação/apatia/aversão nesse momento. Diante dessas ou de outras dificuldades, é necessário procurar a escola para uma conversa sobre a situação, a fim de analisar se essas questões aparecem nos dois ambientes e pensar nas estratégias de atuação. 
  • Para incentivar a responsabilidade, pais não devem perguntar aos filhos sobre a lição. 
MITO: "A família precisa valorizar a lição de casa, mostrar interesse, deixar a criança falar sobre como foi o dia dela na escola. Nunca usar termos para desmerecer, dizer que a lição é uma coisa chata, um sacrifício, que a família não pode sair porque a criança tem tarefa para fazer”. Lembrar: desenvolver autonomia não significa delegar a vida escolar do filho. 
  • Escola boa é a que manda muita lição de casa. 
MITO: A quantidade de lição que uma escola passa não demonstra se a criança aprendeu ou não, devendo-se estar atento para a qualidade das atividades e metodologia que favoreçam o processo de construção do conhecimento da criança. É interessante, os pais estarem em contato com professores e coordenadores para conhecer a projeto pedagógico da escola. 


Confira algumas orientações do que fazer antes, durante e depois da hora da tarefa de casa: 

ANTES

1. Entenda seu filho 
Uma grande ajuda na hora da lição de casa é saber o que motiva e o que desanima seu filho. Por exemplo, será que ele gosta que você fique por perto ou prefere privacidade? Será que você precisa que você ajude-o a organizar por qual matéria começar ou ele quer decidir isso sozinho? 

2. Defina as regras em comum acordo 
Converse com seu filho e estabeleçam - juntos - como será a rotina para a lição. Onde será feita, em qual horário, etc. Deixe que ele explique suas preferências e seja flexível. Por exemplo: ele não quer perder o programa de TV favorito. Ajustem o horário de modo que ele tenha este direito garantido. Direito que ele perde se não terminar a tarefa a tempo (caso o combinado seja fazer antes) ou se não desligar a TV logo depois (para ir logo se dedicar à lição). 

Lembre-se: o ideal é não alterar a rotina, mas, se for o caso, explique o motivo da mudança. 

3. Organize o lugar 
Escolham - juntos - o local onde a lição será feita. Mas garanta que ele esteja arrumado e limpo na hora combinada. Se for a mesa da cozinha, por exemplo, nada de alimentos ou pratos na hora da lição, hein? 

Lembre-se: o bem-estar é superimportante. Verifique a temperatura do ambiente, a iluminação, a ventilação. Quanto mais confortável ele estiver, melhor! 

4. Acabe com a distração 
Desligue a televisão e o rádio e tente eliminar - ou diminuir -outros sons que atrapalhem a concentração. Ajude seu filho a se concentrar na tarefa! 

5. Fique de olho na disposição dele 
Na hora da lição, seu filho precisa estar bem disposto. Ou seja: não pode estar cansado, com fome, irritado, distraído... O melhor neste caso é resolver o problema primeiro. E isso vale para você também! Resolva essas questões antes de começar! 

6. Confira se todo o material necessário está disponível 
Parar a lição para procurar onde está o lápis de cor, a régua ou o dicionário só ajuda a tirar o foco da tarefa. Organize tudo antes de começar para não haver dispersão! 

DURANTE

7. Respeite o momento 
Todos em casa devem saber que a lição está sendo feita e contribuir, evitando interrupções, barulhos desnecessários ou ações que tirem a concentração e o foco de quem está estudando. 

8. Veja se seu filho sabe o que é para ser feito 
Pergunte se ele tem dúvidas sobre o que o professor pediu para fazer e coloque-se à disposição para ajudá-lo. 

9. Auxilie em caso de dúvidas 
Se seu filho tiver uma dúvida, ajude-o. Mas não responda por ele. Sugira que ele procure exemplos parecidos no livro ou no caderno, ou então, ajude-o a pensar sobre o assunto até que ele chegue à sua própria conclusão. 

10. Ocupe-se com coisas parecidas 
Enquanto ele faz contas, que tal dar uma olhada no orçamento? Se ele vai produzir um texto, aproveite para fazer alguma anotação. O ideal é não parecer que se está fazendo algo mais interessante do que ele - como jogar no computador, por exemplo, ou ver TV. 

11. Incentive-o a rever a lição 
Olhar a lição de novo depois de terminada é uma boa prática. Se ele pedir para você rever com ele, valorize o esforço e não aponte diretamente os erros. Caso encontre coisas incorretas e perceba que ele tem condição de localizar o erro, estimule-o comentando. "Que tal rever este trecho ou esta conta, veja se está tudo certo ou se encontra algo errado?". Elogie-a se ele encontrar o problema e jamais brigue se isso não ocorrer. 

DEPOIS

12. Veja se a lição foi corrigida 
Será que a lição de casa foi corrigida? A falta de correção da lição pode desestimular seu filho. Afinal, ele pode entender que de nada valeu tanto esforço. Caso isso se repita sempre, é interessante conversar na escola - com o professor ou com o coordenador. 

13. Elogie os acertos e não aponte os erros 
Seu filho acertou todos os exercícios da lição passada? Ele merece que você lhe dê parabéns! Mas se errou muitos, nada de briga. Pergunte se, com a correção do professor ele entendeu porque errou. Se a resposta for negativa, estimule-o a tirar dúvidas diretamente com o professor. E acompanhe. 

14. Informe o professor em caso de dificuldade 
Seu filho deveria ter condição total de fazer a lição de casa sem achá-la muito difícil ou complicada. Afinal, se a lição foi passada, é porque o professor já explicou aquele conteúdo. Às vezes pode ser apenas uma dificuldade pontual e neste caso, estimule seu filho a tirar dúvidas com o professor. Caso isto se torne frequente, o melhor é ir até a escola para identificar onde está o problema. 

(Texto extraído do site da Editora Abril e adaptado pelo Setor de Psicologia Escolar)

terça-feira, 29 de abril de 2014

Oficina de Criação de Histórias - Proj. Ensinar a Aprender


Os alunos do Projeto Ensinar a Aprender participaram durante o mês de Abril, de uma Oficina de Criação de Histórias.
Eles mesmos criaram o roteiro de suas histórias e confeccionaram seus personagens através de palitoches, feitos com desenhos, lápis de cor e palitos de picolé.
Depois de todo material pronto, as turmas apresentaram seu trabalho através de teatrinhos para os colegas do projeto.

Confira fotos.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Como problemas emocionais se transformam em doenças?

TEXTO 02 – ABRIL/2014

A ideia de que fenômenos emocionais levam a alterações físicas é antiga. Em 1628, o anatomista inglês William Harvey (1578-1657) observou que todo mal-estar sentido na mente era direcionado para o coração. Hoje se sabe que o inconsciente interpreta e responde ao que chega ao cérebro por meio das terminações nervosas do corpo. É o que acontece quando levamos um susto, por exemplo.

Contra uma possível ameaça, o cérebro dispara reações para enfrentá-la ou fugir dela. “O coração acelera os batimentos para redistribuir o sangue para os músculos correrem ou lutarem e para o cérebro processar com rapidez toda essa situação. É por isso também que, para oxigená-los, a respiração fica mais rápida. É o chamado estresse, que envolve o sistema nervoso, hormonal e imunológico”, explica Artur Zular, presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina.

Sem a fonte estressora, o corpo volta ao normal. Mas em caso de estresse permanente as coisas se complicam: os órgãos podem se esgotar, adoecer e o sistema imunológico tem sua ação inibida, facilitando o aparecimento de asma, alergias, gastrite, infecções e problemas cardíacos.

(Fontes: Artur Zular, Presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina; Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp; e Sérgio Hércules, vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.)


(FOTO: INFOGRÁFICO | ERIKA ONODERA/EDITORA GLOBO) 
Texto extraído de: http://revistagalileu.globo.com/

segunda-feira, 31 de março de 2014

Projeto "Conversando com a Escola"

O Serviço de Psicologia Escolar do Colégio Santa Isabel vem, por meio deste, convidá-los a participar do Projeto “Conversando com a Escola” que se apresenta através de textos, a serem enviados aos professores, tendo como objetivo favorecer reflexões acerca de diversos temas que circundam nosso cotidiano escolar. A sua participação neste trabalho dar-se-á através do envio de sugestões, leitura do material enviado, bem como sua utilização no cotidiano, visando o fortalecimento de uma saudável e construtiva parceria entre os diversos profissionais da Escola.
Aproveitem as leituras e compartilhem ideias para fortalecer nossa parceria!

Serviço de Psicologia Escolar